
Se você estudou em uma escola tradicional, provavelmente sua rotina de ensino era um pouco parecida com isso
Professor te passa um conteúdo novo
Professor corrige a prova a dá uma nota para seu aprendizado
Você anota, decora e faz a lição de casa
Professor corrige a lição e agenda uma prova
Você estuda e faz a prova
Esse ciclo de ensino é comum para muitos alunos. Porém, nem todos se identificam com ele, e nem todos os professores conseguem observar se seus alunos estão realmente aprendendo.
E se imaginássemos outras maneiras de ensinar e aprender?
essa é uma das motivações do
O processo educacional tradicional trata o aluno como um ser passivo, cujo papel é de se enquadrar a um programa letivo previamente estabelecido.
Em vez de buscar fazer os alunos se encaixarem a um molde, o Project Zero busca adaptar o formato das aulas e material segundo as necessidades de aprendizado dos alunos, permitindo uma infinidade de maneiras de abordar o processo educacional de forma horizontal e participativa.
Fruto de mais de 50 anos de trabalho do filósofo americano Nelson Goodman e de pesquisadores da prestigiosa universidade de Harvard, o Project Zero é um núcleo de pesquisa em educação criado com o objetivo de desenvolver formas mais abrangentes e efetivas de ensino por meio das artes.
FUNDA O PZ
1967
Hoje, gerido pelo diretor-sênior Howard Gardner, psicólogo cognitivo e educacional e cientista de inteligências múltiplas, o projeto mantém seus valores de origem e os desdobra em uma série de diversas iniciativas e metodologias de educação.
CODIRIGE O PZ
1972
Mais do que uma cartilha a ser seguida, o Project Zero cria um conjunto dinâmico de práticas e ideias que permitem uma estrutura de ensino flexível e abrangente.
O projeto parte dos seguintes preceitos:
Em vez de apenas preparar o aluno para o ingresso na universidade e no mercado de trabalho, o Project Zero pensa a educação como uma maneira de preparar um cidadão para os desafios do presente e do futuro. Para isso, mais do que decorar ou armazenar informações, é necessário compreender.
é entendida aqui como a capacidade do cidadão de construir conhecimento e de pensar, agir e sentir a partir dele. É também uma forma de expressar sua individualidade e experiências por meio do conhecimento.
O sistema tradicional de avaliação de alunos, baseado em provas, notas e simulados não dá conta de toda a complexidade do aprendizado, que pode se expressar de formas difíceis de mensurar.
O Project Zero estimula que os educadores desenvolvam metodologias de ensino que permitam visualizar o nível de conhecimento e a aprendizagem do aluno de diferentes maneiras. Isso vai desde escrever e desenhar mais, desenvolver projetos em vídeo ou áudio, ou realizar trabalhos manuais que permitam criar uma documentação do processo educacional.
A partir dessa documentação, o educador pode ter um feedback imediato de seus métodos e replanejar suas aulas, fazer ajustes ou repensar seu material para se adequar ao nível e processo de aprendizado dos alunos. Para determinado grupo, podem ser usados gráficos e tabelas. Para outra disciplina, objetos, vídeos, ou uma atividade manual.
Para o Project Zero, o educador é tão aprendiz quanto o estudante, conduzindo suas curiosidades e intelectos, exercitando a investigação interdisciplinar e avaliando as dimensões éticas da aprendizagem durante suas aulas.
O professor não deve apenas dar feedback ao aluno, mas também receber. Ele não é o detentor do conhecimento, mas sim, protagonista conjunto do aprendizado.
A ciência hoje entende, em parte devido à pesquisa de Howard Gardner, que, além de decorar informações, a inteligência é capaz de se expressar de diversas outras maneiras, por exemplo…
De maneira visual e espacial
Pela compreensão de sistemas simbólicos da matemática
Por expressões musicais
Pela compreensão de linguagens
entre outras
O Project Zero incentiva o desenvolvimento e a consideração das inteligências em toda sua multiplicidade.
A partir desses preceitos, o Project Zero busca construir um espaço de aprendizado em que os alunos aprendam através da ação prática, desenvolvendo as habilidades necessárias para examinar e compreender cada tópico, em vez de apenas sentar e copiar.
Essas ideias já foram utilizadas e adaptadas em uma série de
Por exemplo…
AGENCY BY DESIGN
CHILDREN ARE CITIZENS
Essa metodologia ensina temas complexos por meio do funcionamento de sistemas do mundo real. Seja o mecanismo de uma bicicleta, as partes de um relógio ou um motor automotivo, sistemas interconectados permitem exercer a curiosidade e criatividade de maneira prática e entender de maneira abrangente seu funcionamento.
Partindo da missão de formar cidadãos pensantes, a metodologia estimula os alunos a participar ativamente da construção da democracia, enxergando a si mesmos como indivíduos inseridos em um ambiente coletivo. Quais as ideias das crianças sobre seus meios? Como elas podem contribuir para uma realidade mais democrática? Essas são algumas das questões incentivadas.
GOOD PLAY
THINKING ROUTINES
Como os jovens podem navegar e compreender as nuances éticas de um mundo digital? Essa iniciativa busca criar e mediar discussões entre jovens e adolescentes sobre privacidade, intimidade, propriedade e discurso no meio digital — suas implicações, possibilidades e potências.
Parte do esforço de tornar o pensamento visível, o desenvolvimento de rotinas de pensamento é um dos métodos de incentivar o processo de aprendizado. Ao observar obras de arte moderna, por exemplo, um educador pode pedir que seus alunos sigam uma rotina de “see, think, wonder”, e se perguntem: o que eu estou vendo? O que parece estar acontecendo? O que isso me faz imaginar? Ao discutir um tema polarizante, por exemplo, o educador pode empregar o “think, listen, debate”, pedindo aos alunos que pensem sobre a questão, escutem os argumentos e debatam entre si.
PRODUÇÃO
Fontes: pz.harvard.edu (projetos Agency By Design, Children Are Citizens, The Good Play Project, Visible Thinking), vídeo “What is PZ?” e Porvir (”A proposta de Harvard para uma educação para a compreensão”).
Infografia: Rodolfo Almeida

Se você foi educado em uma escola tradicional, provavelmente sua rotina de ensino era um pouco parecida com isso
Professor te passa um conteúdo novo
Você anota, decora e faz a lição de casa
Professor corrige a lição e agenda uma prova
Você estuda e faz a prova
Professor corrige a prove a dá uma nota para seu aprendizado
Esse ciclo de ensino é comum para muitos alunos. Porém, nem todos se identificam com ele, e nem todos os professores conseguem observar se seus alunos estão realmente aprendendo.
essa é uma das motivações do
O processo educacional tradicional trata o aluno como um ser passivo, cujo papel é de se enquadrar a um programa letivo previamente estabelecido.
Em vez de buscar fazer os alunos se encaixarem a um molde, o Project Zero busca adaptar o formato das aulas e material segundo as necessidades de aprendizado dos alunos, permitindo uma infinidade de maneiras de abordar o processo educacional de maneira horizontal e participativa.
FUNDA O PZ
1967
Fruto de mais de 50 anos de trabalho do filósofo americano Nelson Goodman e de pesquisadores da prestigiosa universidade de Harvard, o Project Zero é um núcleo de pesquisa em educação criado com o objetivo de desenvolver formas mais abrangentes e efetivas de ensino por meio das artes.
CODIRIGE O PZ
1972
Hoje, gerido pelo diretor-sênior Howard Gardner, psicólogo cognitivo e educacional e cientista de inteligências múltiplas, o projeto mantém seus valores de origem e os desdobra em uma série de diversas iniciativas e metodologias de educação.
Mais do que uma cartilha a ser seguida, o Project Zero cria um conjunto dinâmico de práticas e ideias que permitem uma estrutura de ensino flexível e abrangente.
O projeto parte dos seguintes preceitos:
EDUCAR PARA
A COMPREENSÃO
Em vez de apenas preparar o aluno para o ingresso na universidade e no mercado de trabalho, o Project Zero pensa a educação como uma maneira de preparar um cidadão para os desafios do presente e do futuro. Para isso, mais do que decorar ou armazenar informações, é necessário compreender.
é entendida aqui como a capacidade do cidadão de construir conhecimento e de pensar, agir e sentir a partir dele. É também uma forma de expressar sua individualidade e experiências por meio do conhecimento.
O sistema tradicional de avaliação de alunos, baseado em provas, notas e simulados não dá conta de toda a complexidade do aprendizado, que pode se expressar de formas difíceis de mensurar.
O Project Zero estimula que os educadores desenvolvam metodologias de ensino que permitam visualizar o nível de conhecimento e a aprendizagem do aluno de diferentes maneiras. Isso vai desde escrever e desenhar mais, desenvolver projetos em vídeo ou áudio, ou realizar trabalhos manuais que permitam criar uma documentação do processo educacional.
A partir dessa documentação, o educador pode ter um feedback imediato de seus métodos e replanejar suas aulas, fazer ajustes ou repensar seu material para se adequar ao nível e processo de aprendizado dos alunos. Para determinado grupo, podem ser usados gráficos e tabelas. Para outra disciplina, objetos, vídeos, ou uma atividade manual.
Para o Project Zero, o educador é tão aprendiz quanto o estudante, conduzindo suas curiosidades e intelectos, exercitando a investigação interdisciplinar e avaliando as dimensões éticas da aprendizagem durante suas aulas.
O professor não deve apenas dar feedback ao aluno, mas também receber. Ele não é o detentor do conhecimento, mas sim, protagonista conjunto do aprendizado.
A ciência hoje entende, em parte devido à pesquisa de Howard Gardner, que, além de decorar informações, a inteligência é capaz de se expressar de diversas outras maneiras, por exemplo…
De maneira visual e espacial
Pela compreensão de sistemas simbólicos da matemática
Por expressões musicais
Pela compreensão de linguagens
entre outras
O Project Zero incentiva o desenvolvimento e a consideração das inteligências em toda sua multiplicidade.
A partir desses preceitos, o Project Zero busca construir um espaço de aprendizado em que os alunos aprendam através da ação prática, desenvolvendo as habilidades necessárias para examinar e compreender cada tópico, em vez de apenas sentar e copiar.
Essas ideias já foram utilizadas e adaptadas em uma série de
Por exemplo…
AGENCY BY DESIGN
Essa metodologia ensina temas complexos por meio do funcionamento de sistemas do mundo real. Seja o mecanismo de uma bicicleta, as partes de um relógio ou um motor automotivo, sistemas interconectados permitem exercer a curiosidade e criatividade de maneira prática e entender de maneira abrangente seu funcionamento.
CHILDREN ARE CITIZENS
Partindo da missão de formar cidadãos pensantes, a metodologia estimula os alunos a participar ativamente da construção da democracia, enxergando a si mesmos como indivíduos inseridos em um ambiente coletivo. Quais as ideias das crianças sobre seus meios? Como elas podem contribuir para uma realidade mais democrática? Essas são algumas das questões incentivadas.
GOOD PLAY
Como os jovens podem navegar e compreender as nuances éticas de um mundo digital? Essa iniciativa busca criar e mediar discussões entre jovens e adolescentes sobre privacidade, intimidade, propriedade e discurso no meio digital — suas implicações, possibilidades e potências.
THINKING ROUTINES
Parte do esforço de tornar o pensamento visível, o desenvolvimento de rotinas de pensamento é um dos métodos de incentivar o processo de aprendizado. Ao observar obras de arte moderna, por exemplo, um educador pode pedir que seus alunos sigam uma rotina de “see, think, wonder”, e se perguntem: o que eu estou vendo? O que parece estar acontecendo? O que isso me faz imaginar? Ao discutir um tema polarizante, por exemplo, o educador pode empregar o “think, listen, debate”, pedindo aos alunos que pensem sobre a questão, escutem os argumentos e debatam entre si.
Fontes: pz.harvard.edu (projetos Agency By Design, Children Are Citizens, The Good Play Project, Visible Thinking), vídeo “What is PZ?” e Porvir (”A proposta de Harvard para uma educação para a compreensão”).
Infografia: Rodolfo Almeida
PRODUÇÃO
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